Alguém que ama o sol, mas adora dançar na chuva.
Alguém que detesta chá, mas não resiste ao bom cheirinho do
café.
Alguém que antes se sentia sozinha no mundo, mas que hoje
aprendeu a se bastar.
Alguém que ama o mar, mas prefere tomar banho de rio.
Alguém apaixonada por livros e que hoje não vive mais sem
eles.
Alguém que busca na música, o acalanto necessário do dia.
Alguém que se esbalda no pagode, mas não resiste ao som de
uma orquestra.
Alguém que adora escrever, mas que tem “vergonha” de expor
seus textos.
Alguém que só tem irmãs, mas é cheia de primos e primas.
Alguém com quem você pode contar, para o sim ou para o não,
para o carinho ou para a bronca, para dar colo sempre.
Alguém que ama crianças, principalmente as suas sobrinhas e
afilhada.
Alguém que fala demais, mas valoriza o silêncio.
Alguém que quer tudo e o nada. Que está aqui e ali.
Ah, alguém...
Alguém que ri quando chora e chora quando sorri.
Alguém que sabe ser menina faceira ou mulher fatal, apenas
menina, apenas mulher.
Alguém que gosta de cor, muita cor, mas que também se
identifica com tons de cinza.
Alguém que não espera alguma coisa apenas de um sábado à
noite.
Alguém, assim, que não resiste a uma boa piada.
Alguém extrovertida, alegre, de bom humor, de riso fácil,
esperta, variável, determinada, inteligente, sensível, falante e ouvinte, com
sotaque único...
Alguém cismada, teimosa, imperfeita, em processamento,
impaciente quando sente fome, explosiva, que gosta de viver a preguiça gostosa
de nada fazer...
Alguém cheia de opostos, sinônimos, certezas, dúvidas,
confiança, medos, com desejos variantes, cheias de sentimentos e um pouco de
razão.
Ah, alguém... Sou assim... Eu...
Obs.: texto escrito em 26 de setembro de 2013. Esse era um daqueles que eu não queria mostrar a ninguém... Apenas três pessoas, bem especiais, o conhecia.
