Definitivamente, o que move as
pessoas é a esperança. Ninguém me convencerá do contrário. Hoje abri a minha
rede social do Facebook e as primeiras postagens do dia são: “Que venha
outubro”, “O melhor mês do ano”, “Que o mês de outubro seja bem-vindo”, entre
outras.
Concordo com o Drummond quando
ele diz:
Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
...Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
O que me assusta é essa
necessidade de renovação que temos exigido da vida, do tempo, de tudo ao nosso
redor, em espaço de tempo tão pequeno. E me pergunto: no fim, somos ou não
esperançosos? Por muitas vezes, acho que só esperamos a mudança do mundo, a
mudança dos políticos, a mudança da sociedade, a mudança da estrutura do nosso
bairro e esquecemos o principal, que é a mudança (ou talvez, renovação) de nós
mesmos.